Quando falamos sobre higienização de utensílios e equipamentos, água e sabão é a primeira coisa que nos vem à cabeça. Mas saiba que apenas este procedimento não é suficiente para eliminar microorganismos que causam doenças graves, como a Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Salmonella sp, Shigella sp., Rotavírus, Norovírus, entre muitas outras. A ação mecânica das fibras e esponjas é uma aliada importante da ação química dos detergentes, desengordurantes, desincrustantes, etc. E um sinal de que a higiene pode estar comprometida é o estado das esponjas e fibras utilizadas. Com o desgaste, diminui-se o poder de remoção da sujeira, ocorrendo um aumento significativo de micróbios nos utensílios. Análises indicam que a esponja pode se tornar uma verdadeira colônia de microorganismos, acumulando até 1.200.000/cm³ no fim de 8 dias de uso, se não forem tomadas medidas simples de higienização. Os estudos atuais (Silva Jr., 2014) têm demonstrado que contagem acima de 50 UFC/cm3 já significa que o utensílio foi mal lavado. A correta utilização de esponjas e fibras é fundamental para realizar uma higienização eficiente e segura. Algumas atitudes podem eliminar os riscos à saúde: O primeiro passo é eliminar os resíduos de alimentos dos utensílios com papel toalha ou outro mecanismo. Escolha sempre fibras e esponjas de composição atóxica, e produtos químicos com registro na ANVISA. Verifique sempre as condições e o tempo de uso, para que não se tornem um veículo de contaminação. Observe as características das esponjas: o sinal de desgaste é percebido pelo desbotamento. Quando houver fragmentação das fibras ou da espuma, a esponja perdeu a capacidade de retenção de sujeira, e ainda pode deixar partículas nos utensílios. Desinfete esponjas e fibras a cada dois dias de uso, fazendo imersão em água fervente por 1 minuto. Utilize esponjas e fibras por no máximo 7 dias ou se, antes deste período, elas apresentarem os sinais de desgaste.